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domingo, 25 de novembro de 2018

Programa mais médicos, mazelas e controvérsias

A jornalista Mary Anastasia O'Grady, Colunista de assuntos Latino
Americanos do Wall Street Journal, chamou o programa "Mais Médicos", de
"Crime Perfeito"
É mais ou menos assim que funciona: "Ao embarcar seus cidadãos para o
exterior para ajudar pessoas pobres, o regime ganha uma imagem de
contribuinte altruísta para a comunidade global, até mesmo quando
explora trabalhadores e fica rico às suas custas!"

Pois então, assim acontece, assim aconteceu e assim tem acontecido, onde
quer que se necessite de alguns profissionais, onde Cuba consegue
infiltrar seus comandados.
Mas uma coisa chama a atenção, e merece uma atenção especial, nessa
história relativa ao programa "Mais Médicos". Trata-se do fato de que,
Bolsonaro ainda não assumiu o governo, e portanto, até agora, o que
Bolsonaro possa falar, poderia perfeitamente bem, digamos, entrar por um
ouvido e sair pelo outro.
Pode-se dizer, utilizando a famosa máxima: "quem não deve não teme", e
como cremos e queremos crer, o programa, foi assinado dentro dos mais
estritos cânones sagrados da jurisprudência, ora em atividade em nosso
País, e ainda por cima, endossado pelos órgãos internacionais, que regem
tais compromissos entre nações.
Leve-se em conta, o fator de que, Bolsonaro somente poderá falar
efetivamente em nome do Brasil, a partir do momento que ele seja
diplomado, o que deve acontecer no próximo dia 10 de dezembro de 2018. E
após isso, quando da transferência da faixa presidencial, que deverá
dar-se a 01 de janeiro de 2019, e só então, é que de fato, ele passa a
responder pela Presidência da República Federativa do Brasil.
Mediante esse fato, percebe-se que Cuba de forma unilateral, e baseada
tão somente em declarações feitas pelo futuro presidente, resolveu
romper com suas obrigações, perante o programa "Mais Médicos", e de
forma apressada e repentina, retirou muitos dos homens e mulheres que
estavam no Brasil até aquele momento.
Interessante e oportuno lembrar, que de forma muito rápida, foram
reunidos inúmeros e imediatamente foram retirados do País. Observa-se
uma ação um tanto estranha, e que reforça pensamentos estranhos, pois
reuniram vários, de que forma? Houve uma comunicação muito rápida e
precisa. Essa rapidez nos leva a imaginar que teria algo a esconder e
que não poderia ser descoberto, por esse motivo a saída às pressas,
pois, tão logo o novo presidente estivesse empossado, poderia, pelos
meios legais, providenciar uma identificação mais eficaz de cada um dos
inúmeros, que estivessem prestes a embarcar para Cuba novamente, e
assim, talvez a identificação de espiões e correlatos infiltrados no
esquema.
Caso isso ocorresse, é claro que ficaria notório ao mundo a farsa do
protagonizada pelo governo cubano, bem como pela OPAS (Organização
Pan-Americana da Saúde).
Incrível a destreza do governo cubano, pois já foram retirados,
aproximados, 200 homens e mulheres.
O que resta, são as perguntas:
De que forma se procedeu a seleção dos que já saíram?
Como e de que forma saíram?
Como todas as coisas são pensadas antecipadamente, quem pagou, e através
de que companhias aéreas?
Quantos voos foram necessários e a que prazo deu-se isso tudo?
Como tudo foi orquestrado e de que forma deu-se para que partissem,
aparentemente muitos juntos, levando-se em conta, que muitos poderiam
estar trabalhando em locais distintos e distantes?

Bem, além do acima exposto, eu estava vendo um programinha
internacional, trata-se de um telejornal sensacionalista internacional,
em que o "Âncora" criticava o fato de o Brasil, na opinião dele, não
estar mais, à altura de ser merecedor de acolher os tão famosos médicos
cubanos.
E o âncora desse telejornal, diz:
"Juntando-se a nós, agora, Eladio Jose Armesto, vice-presidente da
Associação Nacional de Jornalistas Cubanos. Estamos muito  felizes por
ter ele aqui.

Âncora: - Oi, como  você está esta noite?

Eladio Jose Armesto: - Muito bem, obrigado.

Âncora: - Qual a sua opinião sobre Bolsonaro, e qual é a sua opinião
sobre os médicos que Bolsonaro está tentando praticamente expulsar de
seu país?

Eladio Jose Armesto: - Eu acho que a primeira opinião devia ser de
organizações como as Nações Unidas e a Organização dos Estado Americanos
- OEA,  e até mesmo com o governo dos EUA que nunca causou um alvoroço a
respeito dessas pessoas sendo usadas como tráfico de seres humanos
porque é isso que, na essência, é. É tráfico humano. Sabe, essas pessoas
são escravas, falando em termos práticos. Se eles escapam, eles não têm
documentos, suas famílias são mantidas como reféns na ilha controlado
por Castro, e eles são pagos com parcos montantes pelos seus serviços
se, de fato, eles forem médicos, pôrque nós não... nós nunca... nós
temos que aceitar a palavra do regime de Castro... Essas pessoas são
treinadas como médicos, porque elas nunca são examinadas nos países para
onde são enviada. Nunca receberam uma licença lá, então...

Âncora: - Escute, entendi seu ponto, e  acho que é uma questão
importante que você está levantando mas, no fim, há algumas coisas que
temos que esclarecer. Antes de mais nada, a maioria dessas pessoas, que
estão sendo treinadas como médicos em Cuba, são médicos MUITO bons. Você
e eu os vimos em Miami, quando eles finalmente conseguiram sair de Cuba
e vieram pra Miami. Eles são muito qualificados, muito dedicados, e eles
fazem um ótimo trabalho.
Então, espero que você não esteja desqualificando os médicos, os
profissionais em si mesmos, Acho que você não está, está?

Eladio Jose Armesto: - Não, não. Mas, de novo, tudo isso é... as
qualificações dos médicos que temos em Miami são suposições, não é
estatístico, não está provado por papéis burocráticos.
Agora, os médicos, obviamente, que vêm pra os EUA, têm que fazer cursos
extensivos e exames para ser licenciados para trabalhar como médicos nos
Estados Unidos. Mas este não é o caso com o efetivo que é enviado À
Venezuela, Bolívia ...

Âncora: - Vamos supor...

Eladio Jose Armesto: - OK

Âncora: - E eu compreendo. Vamos supor que eles não sejam os melhores
médicos do mundo,talves eles não tenham as melhores qualificações.
Estamos falando sobre países onde, nas partes mais remotas desses
países, eles não vêem um profissional de saúde há muito, muito tempo.
Ponto. O fato de que eles estão vendo alguém, quer seja uma enfermeira
ou um médico, ou alguém talvez que não seja tão qualificado quanto as
pessoas que você e eu vamos ver. Isso não deveria ser, só do ponto de
vista humano, algo pelo que deveríamos ser grato ?

Eladio Jose Armesto: - Não, eu acho que nunca devemos ser gratos quando
seres humanos são traficados com recursos, vítimas de tráfico como
escravos. Quero dizer, são pessoas que não são livres, elas não têm
liberdade para tomar essas decisões, eles não têm liberdade para
selecionar onde eles vão servir, para qual país eles viajarão, ou mesmo
até, eles não são livres nem para decidir quanto tempo ficarão nesses
países...

Âncora: - Mas acho que...de novo...está acabando o tempo, entendi seu
ponto, mas deixe-me argumentar sob este ponto de vista: vamos supor que
você está argumentando o ponto de vista de Bolsonaro, que ele não acha
que esses médicos estão sendo bem tratados.Ele não deveria estar
argumentando do ponto de vista dos seus cidadãos? Porque eu entendo o
que você está dizendo. A propósito, concordo com você...Os médicos,
provavelmente, não são tratados muito bem. Mas Bolsonaro está
argumentando contra os médicos. Ele não deveria estar dizendo "Bom,
estou grato que eles estejam aqui, ajudando meus cidadãos"?

Eladio Jose Armesto: - Também há muitas provas circunstanciais sobre
casos de negligência em que esses médicos estão envolvidos nesses
países. E os cidadãos desses países, os residentes, não tem nenhuma
proteção, por causa do fato de que esses assim chamados médicos têm
carta branca , eles recebem plenos poderes para prescrever medicamentos,
para agir e fazer cirurgias, e muitas vezes,pode ser que eles não sejam
os mais bem treinados e eles ferem e eles prejudicam a população e
aquelas pessoas não têm como se proteger nos casos de negligência.

Âncora: - Você parece estar fazendo eles se parecerem com monstros. OK
Eládio José Armesto. Agradeço seus comentários, o espírito do debate.
Volte, nós agradecemos.

Eladio Jose Armesto: - O prazer foi meu.

(ap. Ely Silmar Vidal - Teólogo, Psicanalista, Jornalista e presidente
do CIEP - Clube de Imprensa Estado do Paraná)

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Mensagem 201118 - Programa mais médicos, mazelas e controvérsias -
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